Permita-me discordar. Embora a patologia afete algumas pessoas nesta questão, as vêzes por baixa auto-estima, outras por se sentirem inseguras diante de determinado grupo ou meio acho que não se pode deixar de considerar os estímulos da comunicação como mais importantes.
Governantes vão a TV e aos jornais, e clamam pelo excelente momento econômico em que nos encontramos, com empregos estáveis, crédito fácil e promessa que "dessa vez vai!".
Publicidades com ofertas tentadoras exibem condições de pagamento que, a principio parecem mamata.
Quando se está adiplente sedutoras atendentes de telemarketing, e belos encartes e propagandas lhes chegam todos os dias.
E a cada negativa vem outra, e outra, e outra, sempre das mesmas empresas.
Imagina você, que por exemplo conquistou o primeiro emprego, dono ainda de uma ingenuidade comercial sacrosanta, como resistir? É porque aos 17, 18 anos já é dono de uma "patologia incontrolável", de uma "compulsão consumista"?
Nós os mais velhos, que passamos pelas aventuras dos diabólicos planos econômicos governamentais não resistimos, imagina eles.
É muita pressão do meio, e só mesmo uma pessoa "zen", "bicho grilo" talvez, para ficar de fora.
Há de se estar o tempo todo desconfiado, com um pé atrás nesses momentos de euforia.
Se ao menos fossemos um pais civilizado, dono de uma moeda forte, com sistemas de proteção ao cidadão desempregado (ou que nunca teve um emprego estável) eficientes, as premissas contidas no "led" da pergunta seriam completamente verdadeiras.
Mas aqui, onde a mentira, o cinismo e a hipocrisia de quem promete e não cumpre, o que vale mesmo é a "lei do mais fraco", que nessa hora cruza os braços numa banana e exibe o dedo esticado como a dizer "...aqui pra vocês! Devo, não nego, mas pagarei quando puder".